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Importância do registro da ANVISA para aparelho medidor de pressão

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica e degenerativa e, infelizmente, muito incidente entre os brasileiros.

Atualmente, mais de 35% da população do país tem pressão alta e cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos por complicações relacionadas à doença.

Para reverter esse cenário, é necessário prevenir, diagnosticar e tratar a hipertensão arterial e, para sucesso de todas essas etapas, todo o cidadão deve conhecer e aferir a sua pressão arterial regularmente.

Nesse contexto, os medidores de pressão arterial têm um papel importante no combate à doença e devem ser escolhidos com cuidado para que garantam aferições confiáveis.

Dentre os critérios usados para escolher um bom medidor de pressão é avaliar se ele é registrado pela ANVISA. E você sabe por que isso é tão importante? Para te ajudar a entender, preparamos este conteúdo. Mas, antes, você entenderá mais sobre pressão arterial e tipos de medidores. Confira!

É realmente necessário aferir a pressão arterial?

A pressão arterial é a força que o sangue exerce ao passar pelas artérias. Ela é um sinal vital, ou seja, é um importante indicador sobre a saúde do indivíduo.

Se a pressão arterial estiver acima da normalidade – valores iguais ou acima de 140/90 mmHg – o indivíduo pode ter hipertensão arterial. Se a doença não for tratada, ela pode afetar diversos órgãos, principalmente, coração, cérebro e rins.

Do mesmo modo, aferir a pressão arterial é importante para identificar quadros de hipotensão arterial – quando a pressão arterial está diminuída – o que também pode trazer prejuízos para a saúde do paciente, por exemplo, redução da perfusão tecidual.

Nesse contexto, é fundamental medir e controlar a pressão arterial, a fim de evitar complicações relacionadas a ela.

Quais são os tipos de medidores de pressão arterial?

Os medidores de pressão arterial são os equipamentos utilizados para aferir a pressão sanguínea nas artérias. Eles podem ser analógicos ou digitais.

Medidores analógicos

O medidor de pressão arterial (esfigmomanômetro) analógico é usado, principalmente, por profissionais da saúde, uma vez que o equipamento depende de treinamento para uso.

O aparelho é composto por um manômetro aneroide usado para medir a pressão, uma válvula para controlar a desinflação, um manguito, braçadeira e uma pera insufladora.

Nesse caso, o método de medição é auscultatório e é necessário o uso de um estetoscópio.

Há alguns anos atrás se utilizava o esfigmomanômetro de mercúrio, que era considerado o “padrão ouro” para aferir a pressão arterial.

No entanto, devido ao risco de derramamento de mercúrio (substância tóxica, até mesmo em pequenas quantidades) a ANVISA proibiu o uso do equipamento.

Medidores digitais

Os esfigmomanômetro digitais são monitores de pressão arterial mais simples e fáceis de usar quando comparados com o modelo anterior.

Com o avanço da tecnologia, os monitores digitais oferecem alta precisão e durabilidade, o que possibilita o uso tanto doméstico quanto hospitalar.

O equipamento é composto por um manguito e uma braçadeira, além de um monitor digital que mostra o valor da pressão arterial e os batimentos cardíacos do paciente.

Esse tipo de aparelho pode ser automático (mais comum) ou semiautomático e o método utilizado para mensurar a pressão arterial é oscilométrico.

Além disso, os monitores digitais podem ser de pulso ou de braço e devem ser calibrados com certa frequência para garantir precisão das medidas.

O que é a ANVISA?

ANVISA é a sigla para Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ela é um órgão público ligado ao Ministério da Saúde e é responsável por desenvolver ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde.

Para isso, a ANVISA realiza o controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, o que inclui a fiscalização do ambiente, dos processos, das tecnologias, dos insumos, entre outras ações.

O medidor de pressão arterial precisa ser registrado na ANVISA?

Sim. Como vimos, a ANVISA objetiva proteger a saúde da população, por isso, ela é responsável por regulamentar equipamentos médicos, inclusive o esfigmomanômetro (medidor de pressão arterial, tanto digital quanto analógico).

De maneira geral, para a regulamentação do equipamento médico são necessários diversos testes que comprovam – ou não – a segurança e confiabilidade do produto.

Vale destacar que no caso de equipamentos relacionados a questões metrológicas, como é o caso do esfigmomanômetro, é necessária aprovação prévia do INMETRO.

Porque o registro da ANVISA para aparelho medidor de pressão é importante?

As medidas do monitor de pressão arterial precisam ser seguras e confiáveis. Afinal, um equipamento impreciso pode levar ao diagnóstico incorreto da pressão arterial ou contribuir para que a doença passe despercebida.

E, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), se a hipertensão arterial não for diagnosticada ou se for mal controlada, ela pode reduzir em até 16,5 anos a expectativa de vida do paciente.

Por isso, quando o assunto é saúde, não há margem para erros. Antes de comprar qualquer equipamento é fundamental saber qual é a procedência e garantir que ele foi submetido a diferentes testes e registrado pela ANVISA.

Os testes são fundamentais para que a Vigilância Sanitária garanta, por meio de avaliações científicas, que o monitor de pressão arterial cumprirá as funções prometidas e que não colocará o paciente em risco.

Ao final do processo, o equipamento recebe um número de registro da ANVISA.

Como escolher o medidor de pressão arterial adequado?

Além de se observar se o monitor de pressão arterial é analógico ou digital e se é registrado na ANVISA, deve-se avaliar outros critérios na hora da compra do equipamento. São eles:

  • O equipamento oferece diferencial? Por exemplo, medições mais seguras, manguito para diferentes tamanhos de braço e detecção de arritmia cardíaca;
  • Qual o tempo de garantia? Monitores com baixa durabilidade costumam ser mais baratos, mas – no longo prazo – exigem mais manutenções, o que não vale o baixo investimento;
  • Quais outros órgãos certificam o aparelho? Alguns monitores possuem também certificações de órgãos internacionais, por exemplo,  ESH e AAMI.

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