De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a hipertensão arterial acomete mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo.
A doença é a maior contribuinte para o desenvolvimento de complicações cardiovasculares e mortalidade, sendo relacionada a 51% das mortes por AVC e 45% das mortes por problemas cardíacos.
Devido a grande incidência e graves consequências da hipertensão arterial, foi instituída uma data para reforçar a importância do combate à doença.
Para isso, o dia 26 de abril foi escolhido como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.
A data ressalta a importância de checar a pressão arterial pelo menos uma vez ao ano em todas as faixas etárias, assim como incentiva a população a criar hábitos de vida mais saudáveis.
Para informar sobre a hipertensão arterial, suas consequências, além de recomendações sobre prevenção e tratamento, preparamos este conteúdo. Acompanhe.
O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial foi instituído pela Lei Nº 10.439, de 30 de abril de 2002.
Ele é um instrumento social para conscientizar sobre a doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com pressão arterial elevada.
E porque a data é tão importante?
Segundo a Sociedade Europeia de Cardiologia, metade dos pacientes hipertensos não sabe que têm a doença.
Como resultado, a pressão arterial não é controlada, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares e mortalidade desses pacientes.
Portanto, ações de conscientização e prevenção da doença são fundamentais.
A data incentiva jovens e adultos a medirem a pressão arterial, visando criar uma cultura preventiva, além de hábitos de vida mais saudáveis e ações sobre diagnóstico e tratamento da doença.
Quanto mais pacientes forem diagnosticados, mais orientações serão passadas, o que poderá reduzir o percentual de mortes.
Além disso, é fundamental que os pacientes entendam, de fato, como funciona a hipertensão arterial e a importância da adesão ao tratamento.
Segundo o presidente da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), se houvesse uma adesão em massa, de modo que todos os brasileiros realizassem o controle da pressão arterial, haveria uma queda significativa do número de mortes por doenças cardiovasculares.
Que tal aprendermos mais sobre o assunto?!
A hipertensão arterial é um mal silencioso, ou seja, não costuma apresentar sintomas e precisa ser diagnosticada e tratada o quanto antes.
A doença é definida pela elevação sustentada dos níveis da pressão sanguínea nas artérias, acima de 140×90 mmHg (o famoso, 14/9).
O primeiro número corresponde à contração do coração – pressão máxima ou sistólica – já o segundo reflete o valor da pressão arterial quando o coração relaxa – pressão diastólica.
A elevação contínua da pressão arterial causa desgaste nas artérias, coração e em outros órgãos, o que pode levar a sérias consequências, como infarto do coração, AVC (Acidente Vascular Cerebral), insuficiência cardíaca e renal.
A hipertensão arterial é a doença crônica mais incidente no Brasil e é a que mais mata.
Segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas de 2019, desenvolvida pelo Ministério da Saúde, 24,5% da população brasileira têm hipertensão. Ficando na frente de doenças como diabetes (7,4%).
Entre a população idosa, 60,9% são acometidos pela doença.
Segundo dados preliminares do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2017, mais de 140 mil pessoas morreram devido à hipertensão ou causas relacionadas a ela.
Isso representa 388,7 mortes por dia e 16,2 óbitos a cada hora.
Dessas mortes, 37% são precoces, ou seja, em pessoas com menos de 70 anos de idade. Além disso, esse cenário pode ser evitado por meio do diagnóstico e tratamento adequado.
Engana-se quem pensa que a hipertensão é uma preocupação somente para a população acima dos 18 anos.
De fato, a doença é mais frequente em adultos e idosos, no entanto, ela também pode se manifestar na infância e adolescência.
No Brasil, a estimativa é que a pressão alta atinge, aproximadamente, 17% das crianças e adolescentes.
Nessas faixas etárias, a doença pode causar lesões graves no coração, cérebro e rins, além de hipertensão arterial na vida adulta.
Os critérios que definem a pressão arterial normal ou elevada em crianças e adolescentes variam conforme o peso, idade, sexo e altura do paciente.
A hipertensão arterial pode ter causa primária, quando é associada a fatores genéticos e hábitos de vida.
Nesses casos, os principais fatores associados à doença são: hereditariedade, consumo de sal em excesso, obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento.
Além disso, o tabagismo, consumo exagerado de bebida alcoólica e sedentarismo também são associados como fatores de risco para a doença.
É válido ressaltar que a hipertensão arterial primária corresponde a 95% dos casos de pressão alta.
No entanto, a hipertensão arterial também pode ter causa secundária (5% dos casos), isto é, quando ela decorre de outros problemas de saúde, por exemplo, doenças renais e hipertireoidismo.
O diagnóstico da origem do problema é fundamental para o sucesso do tratamento.
Como vimos, entre os principais fatores de risco associados à hipertensão estão hábitos alimentares ruins, principalmente, o consumo excessivo de sal.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 90% dos homens e 70% das mulheres consomem mais sal do que o máximo recomendado.
Além disso, uma dieta rica em gordura, açúcares e alimentos industrializados pode influenciar no desenvolvimento de obesidade e diabetes, que também são fatores de risco para a doença.
Em crianças, a dieta inadequada também tem sido uma das principais causas associadas à hipertensão.
Segundo Luiz Bortolotto, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, a maioria dos casos de pressão alta em crianças está associada à obesidade, dieta rica em sódio e sedentarismo.
Além de outros fatores como predisposição genética.
A hipertensão arterial é, na maioria dos casos, assintomática. Portanto para prevenir e diagnosticar a hipertensão é fundamental que todos os indivíduos meçam a pressão arterial pelo menos uma vez por ano.
De acordo com as diretrizes brasileiras de tratamento para a hipertensão, todas as crianças a partir dos 3 anos devem medir a pressão arterial regularmente em consultas médicas de rotina.
Além disso, para prevenir a doença também é fundamental que o paciente:
Embora a hipertensão arterial primária não tenha cura, ela pode ser tratada e controlada por meio de mudanças dos hábitos de vida e uso de medicamentos (quando necessário).
No entanto, a baixa adesão e o abandono do tratamento estão entre os principais obstáculos para o controle da hipertensão arterial.
É muito comum que o paciente não apresente sintomas ou que comece o tratamento e se sinta melhor e abandone o tratamento.
É fundamental que o paciente tenha ciência de que a pressão alta é uma doença crônica, silenciosa e que mata. O tratamento e acompanhamento médico devem ser realizados pelo resto da vida do paciente.
Já a pressão hipertensão arterial secundária pode ser curável, dependendo da causa.
Uma das principais armas contra a hipertensão é a informação.
Portanto, neste dia 26 de abril, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial espalhe conhecimento! Divulgue nas suas redes sociais informações sobre a doença e compartilhe este conteúdo com um amigo.
E não se esqueça de se cuidar! Meça a sua pressão arterial e mantenha hábitos de vida saudáveis.
O MedHyper tem a missão de auxiliar no combate a hipertensão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Contamos com você nessa!
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