Porque é importante oferecer equipamentos de pressão arterial para pacientes
Diagnosticar e tratar adequadamente a hipertensão arterial é um dos maiores desafios de saúde pública no mundo.
Não é à toa que no Brasil aproximadamente 35% da população é hipertensa, mas nem metade sabe disso – segundo dados do Ministério da Saúde.
A única maneira de reverter esse cenário é realizando a aferição da pressão arterial de pacientes que não são hipertensos, ao menos uma vez ao ano.
Somente assim é possível prevenir e diagnosticar a doença.
Do mesmo modo, é fundamental monitorar os pacientes já diagnosticados com hipertensão arterial, a fim de realizar o tratamento adequado e evitar as complicações ocasionadas pela pressão alta.
Para tudo isso, o profissional da saúde tem um papel indispensável. Quer saber mais?! Então, continue a leitura.
O que é hipertensão arterial?
A hipertensão arterial (ou pressão alta) pode ser entendida como o aumento insistente da pressão arterial em valores igual ou acima de 140 por 90 mmHg.
Em 95% dos casos, a causa da hipertensão arterial é desconhecida, ocorre o aumento da rigidez das paredes arteriais nesses indivíduos, mas há vários fatores que influenciam no desenvolvimento da doença, como herança genética, má alimentação, consumo excessivo de sal, sedentarismo, idade e diabetes.
Quais os sintomas da hipertensão arterial?
A pressão alta é uma doença silenciosa, portanto, não apresenta sintomas. A maioria dos pacientes convive com a doença por anos sem que ela apresente qualquer sinal.
É muito comum, inclusive, que o hipertenso se surpreenda com o diagnóstico e descubra que tem pressão alta, por exemplo, em consultas de rotina ou em campanhas de prevenção contra a doença.
Em casos graves, o paciente pode sentir dor de cabeça, especialmente, na nuca, zumbido no ouvido, tontura, dor no peito, fraqueza e visão embaçada.
No entanto, a apresentação dos sintomas é incomum e o paciente deve prevenir a doença ao invés de aguardar o surgimento dos primeiros sinais.
O diagnóstico precoce salva vidas
Se não tratada, a hipertensão arterial pode trazer graves consequências para a saúde do paciente.
Ela afeta órgãos importantes, como coração, cérebro e rins e é responsável, direta ou indiretamente, por metade das mortes por doenças cardiovasculares, como AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto, de acordo com a SOCESP.
No entanto, se diagnosticada precocemente e tratada, a pressão alta pode ser facilmente controlada, minimizando os riscos de que o paciente desenvolva qualquer complicação da doença.
A importância de oferecer a aferição da pressão arterial para pacientes
Todo o profissional da saúde deve aferir a pressão arterial de seus pacientes, um procedimento simples, mas que pode salvar vidas.
Primeiro porque medir a pressão arterial é uma importante medida para prevenção da hipertensão arterial para pessoas que não possuem o diagnóstico da doença.
Por meio da medida é possível identificar casos suspeitos e realizar o rastreamento em saúde. Se necessário, o paciente deve ser encaminhado para um cardiologista.
Segundo porque aferir a pressão arterial de pacientes já diagnosticados com hipertensão é uma importante prática para controle da doença.
De acordo com a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, a prática estimula o tratamento contínuo e previne o desenvolvimento de fatores de risco da doença.
Como garantir uma medição confiável?
Para medir a pressão arterial do paciente com precisão e segurança, o profissional da saúde deve investir em um bom equipamento.
O monitor de pressão arterial precisa ser validado, ter manguito adequado para diferentes tipos de braços e ser calibrado adequadamente.
Além disso, é necessário seguir todas as recomendações para medição adequada, como garantir que o paciente esteja sentado, de bexiga vazia, sem pernas cruzadas.
Colocar o indivíduo em local calmo com o braço apoiado a nível do coração e deixando-o à vontade, permitindo 5 minutos de repouso. Usar sempre o mesmo braço para a medida;
Em consultórios de cardiologistas também é necessário disponibilizar exames complementares, como o exame MAPA, para confirmar o diagnóstico de hipertensão arterial.
O que é o exame MAPA?
Medir a pressão arterial somente no consultório pode não ser o suficiente para assegurar o diagnóstico e o tratamento adequados da hipertensão arterial.
Em muitos casos, a pressão arterial do paciente varia muito ao longo do dia ou durante o sono. Para identificar isso é necessário realizar o exame MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial).
Nele o paciente vai para casa com um monitor de pressão arterial acoplado ao corpo e permanece com ele até o fim do exame, que tem duração de 24 horas.
Como funciona o exame MAPA?
O monitor de pressão arterial para MAPA realiza, automaticamente, medições de pressão arterial a cada 15 ou 20 minutos. A frequência pode ser reduzida durante a noite.
O principal objetivo é monitorar a pressão arterial do paciente ao longo do dia, inclusive durante o sono, enquanto ele segue com a rotina normal.
Assim, o cardiologista consegue ter dados precisos quanto às variações da pressão arterial durante a rotina do paciente e pode propor o tratamento mais adequado.
Quando o MAPA é indicado?
O exame MAPA pode ser usado em diferentes situações, são elas:
- Diagnóstico da hipertensão arterial;
- Em caso de suspeita do efeito do avental branco;
- Investigar variações da pressão arterial à noite;
- Avaliar o efeito do tratamento da pressão alta;
- Avaliar casos de hipotensão;
- Em outras situações cabíveis.
Onde encontrar o monitor de pressão arterial certo?
A escolha de um bom monitor de pressão arterial exige a avaliação de critérios específicos, dentre eles a credibilidade da marca do equipamento, a tecnologia empregada no monitor, a durabilidade e a precisão.
Além disso, é necessário avaliar se o equipamento é validado e reconhecido por órgãos nacionais e internacionais e se pode ser utilizado em pacientes do grupo especial, como diabéticos, gestantes e pacientes com problemas renais.
Se o seu consultório necessitar do exame MAPA é preciso verificar se o equipamento disponibiliza tal tecnologia. Por fim, não se esqueça de avaliar o custo-benefício e as formas de pagamento.
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