Você sabia que a hipertensão arterial é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial da SBC?!
A doença é responsável por desencadear 80% dos casos de derrame cerebral e 60% dos casos de ataque cardíaco registrados no Brasil, além de ser responsável por outras complicações em órgãos, como rins e olhos.
A boa notícia é que mudanças no hábito de vida podem auxiliar no controle da pressão arterial, além de evitar complicações da doença e proporcionar mais qualidade de vida para o paciente hipertenso.
Pensando nisso, preparamos este conteúdo! Aqui você vai conhecer os principais cuidados para você controlar a pressão arterial. Confira!
Chega quase a ser clichê, mas não há como abordar a questão da alimentação saudável como elemento preventivo à hipertensão sem mencionar os perigos que estão por trás do consumo exagerado do sal de cozinha (cloreto de sódio).
Nessa história, o sódio pode ser considerado um vilão.
Devido ao seu comportamento químico, ele atua no organismo como um retentor de líquidos, o que aumenta o volume de sangue em circulação. Como o calibre das artérias não se altera, a consequência natural é a elevação da pressão sanguínea.
Por isso, o sódio é um nutriente que deve ser consumido moderadamente. A propriedade de reter líquidos é importante para o equilíbrio da pressão arterial e para outras funções do organismo, desde que não haja exagero.
A OMS recomenda um consumo diário de 5 gramas de sal de cozinha por dia na fase adulta (para crianças, 3 gramas). O problema é que a média mundial de consumo está na casa dos 12 gramas. Como resolver isso?
Para manter a pressão arterial em níveis saudáveis, é preciso, primeiramente, reduzir o uso do sal no preparo das refeições em casa.
Outra ação importante é eliminar (ou ao menos reduzir drasticamente) o consumo de alimentos industrializados que são exageradamente ricos em sódio.
É o caso dos embutidos de aves e de carnes vermelhas, cubinhos de tempero, molhos prontos, vegetais em conserva, atum e sardinha em lata, e salgadinhos.
Não é novidade que a alimentação tem um grande impacto nos níveis da pressão arterial.
Uma alimentação saudável oferece ao organismo todos os nutrientes necessários para manutenção de uma boa qualidade de vida e do funcionamento do corpo.
Para isso, deve-se apostar em uma alimentação rica em fibras, minerais, frutas, legumes e pouca gordura. Também evite alimentos industrializados e embutidos, uma vez que possuem altas concentrações de sódio e gorduras.
Outra boa dica para controlar a pressão arterial é apostar em alimentos que auxiliam no controle da pressão sanguínea nas artérias.
Os alimentos ricos em potássio, como água de coco e banana, são vistos como aliados no combate à hipertensão arterial.
Inclusive, a American Heart Association (AHA) defende o consumo de potássio par auxiliar no controle da hipertensão arterial.
Isso porque esse nutriente age de maneira contrária ao sódio, ou seja, favorece a eliminação de líquidos do organismo, o que reduz a pressão arterial.
Além disso, salmão, suco de beterraba, aveia, farelo de trigo e chocolate amargo também podem ser aliados no combate à doença.
A prática de atividades físicas é muito associada à saúde do corpo e da mente e, para pacientes hipertensos, isso não é diferente. Os exercícios ajudam no controle da pressão arterial e na melhora da circulação sanguínea.
Isso porque os hipertensos, normalmente, têm os vasos sanguíneos contraídos e enrijecidos, o que eleva a pressão arterial.
Por outro lado, a prática de atividade física regularmente, especialmente aeróbica, contribui para dilatação e relaxamentos dos vasos.
Com o passar do tempo e frequência dos exercícios, o efeito da vasodilatação se mantém no paciente, o que contribui para redução dos níveis da pressão arterial.
Também vale destacar que a realização de atividades contribui para perda de peso, controle da glicemia e regulação dos níveis de colesterol, ou seja, três benefícios importantes para a saúde cardiovascular.
Praticar atividade física de 30 a 60 minutos, 3 vezes por semana já pode ser o suficiente para abandonar o sedentarismo e melhorar o controle da pressão arterial. O ideal é que o hipertenso escolha uma atividade que lhe dê prazer.
A caminhada, por exemplo, é uma excelente opção de atividade física por ser fácil de fazer, acessível e recomendada para qualquer idade. Seus benefícios são comprovados cientificamente, inclusive, para redução da pressão arterial.
De acordo com um estudo realizado pela USP – de Ribeirão Preto – caminhar durante 40 minutos é capaz de diminuir a pressão sanguínea nas artérias durante 24 horas após o fim do exercício.
No entanto, antes de começar qualquer atividade física, converse com o seu cardiologista para que ele realize uma avaliação.
O tabagismo é um grande inimigo da saúde.
Um dos seus malefícios é a elevação da pressão sanguínea nas artérias. O vício também contribui para o desenvolvimento de outros problemas cardiovasculares e para o aumento da chance do hipertenso ter um infarto.
O consumo exagerado de álcool também pode levar ao aumento da pressão arterial.
Inclusive, um estudo publicado na revista científica The Lancet destaca que mesmo a ingestão moderada de álcool pode aumentar a tensão sanguínea e os riscos de AVC (derrame).
Deve-se evitar ao máximo o hábito de começar a fumar.
Mas, para pacientes tabagistas, o recomendado é tentar retardar ao máximo o primeiro cigarro do dia e ter paciência e determinação durante o processo de parar de fumar.
Não é fácil, mas nunca é tarde! Se necessário, procure ajuda de um especialista.
Quanto à bebida alcoólica, a dica é limitar o consumo diário e considerar a abstenção completa.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 70% dos homens e 61% das mulheres que são hipertensos também são obesos.
A combinação é muito perigosa, uma vez que as duas doenças colaboram para o risco aumentado de doenças cardiovasculares.
Vale destacar que a preocupação não é somente com quem tem obesidade mórbida, na verdade, pacientes com excesso de peso já podem enfrentar um aumento da glicemia e da pressão arterial.
Estudos indicam que 5% de perda de peso podem colaborar para redução da pressão arterial em 20-30%.
De maneira geral, o recomendado é manter o IMC menor do que 25 kg/m² para indivíduos com até 65 anos e menor do que 27 kg/m² para idosos.
Pacientes hipertensos devem monitorar a pressão arterial em casa, a fim de conhecer a sua pressão arterial e identificar possíveis brechas no tratamento. O monitor de pressão arterial doméstico, portanto, é requisito para controle da doença.
Além disso, é fundamental seguir com o acompanhamento médico visitando o cardiologista com frequência. Somente assim é possível monitorar e controlar a doença, de modo a evitar os fatores de riscos associados a ela.
O hipertenso deve seguir todas as recomendações para medição adequada, por exemplo, não cruzar as pernas, estar em repouso há pelo menos cinco minutos, não estar com a bexiga cheia, entre outras instruções.
Assista ao vídeo do link para entender mais sobre o monitoramento residencial da pressão arterial.
Controlar a pressão arterial é muito importante para a manutenção da saúde e bem-estar.
Por isso, é dever de todo o cidadão conhecer práticas para evitar e controlar a doença que mais mata no país: a hipertensão arterial.
Para mais dicas sobre pressão arterial, continue acompanhando o blog do MedHyper.
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