Tenho pressão alta e agora?
A hipertensão arterial é uma doença grave e crônica, sendo responsável, direta e indiretamente, por cerca de 200 mil mortes todos os anos no Brasil, de acordo com o SOCESP.
Por isso, quando um paciente é diagnosticado com hipertensão arterial é comum que ele tenha várias dúvidas sobre a doença.
Afinal, ele ainda precisa entender melhor sobre o problema, quais os perigos relacionados à pressão alta e como é o tratamento da doença.
Além disso, o paciente também precisa entender quais são os cuidados que precisa adotar em sua rotina para poder conviver melhor com a hipertensão arterial.
Pensando nisso, preparamos este artigo. Nele, você encontrará as respostas para as principais dúvidas de quem acaba de descobrir que é hipertenso. Confira!
O que é pressão arterial?
Muito se fala sobre hipertensão arterial, no entanto, poucas pessoas entendem o que de fato isso significa. Por isso, antes de tudo, vamos entender o que é e como funciona a pressão arterial.
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias, que levam o sangue para todo o organismo. A força é proveniente dos batimentos cardíacos.
Em repouso, o ideal é que a pressão arterial seja 120 por 90 mmHg.
No entanto, ao longo do dia a pressão arterial varia. Por exemplo, quando se pratica uma atividade física o coração precisa bombear mais sangue para que mais oxigênio circule pelo corpo.
Como resultado, há um aumento da pressão arterial, o que é completamente normal.
Quando a pressão arterial alta é considerada uma doença?
A doença hipertensão arterial só acontece quando a pressão arterial do paciente segue persistentemente alta (igual ou acima de 14/9 cm Hg), mesmo quando ele está em repouso.
Quando a doença não é controla, a alta da pressão arterial começa a agredir as paredes das artérias, que com o passar do tempo, ficam cada vez mais rígidas e estreitas.
Alguns órgãos do paciente também podem ser afetados, principalmente, o coração e os rins.
No entanto, o diagnóstico da hipertensão arterial só pode ser dado mediante exames que permitem acompanhar o comportamento da pressão arterial do paciente em diferentes momentos.
Como é feito o diagnóstico da hipertensão arterial?
A hipertensão arterial (ou pressão alta) normalmente não dá sinais nem sintomas quando a doença está no estágio inicial. Por isso, a única maneira de diagnosticá-la é por meio da aferição da pressão arterial.
Entenda mais a seguir.
Aferição da pressão arterial
Os profissionais de saúde recomendam que essa aferição seja feita, pelo menos, uma vez ao ano. Seja em consultas de rotina ou em casa.
Entretanto, se o paciente apresenta alguns dos fatores de risco para a doença — como, histórico familiar, consumo excessivo de álcool e/ou fumo, dentre outros — ele deve ficar em estado de alerta.
Nesses casos, o ideal é medir a pressão arterial a cada seis meses.
Afinal, esses fatores aumentam as probabilidades do indivíduo desenvolver a doença. Logo, é fundamental dar uma atenção maior em relação ao controle de sua pressão arterial.
Caso a pressão arterial apresente em momentos diferentes valores igual ou acima de 14/9 cm Hg, é necessário buscar ajuda de um cardiologista para confirmar o diagnóstico.
Confirmação do diagnóstico
Diante da possibilidade de pressão alta, é preciso confirmar a presença da doença.
Para isso, o cardiologista realizará a aferição da pressão arterial durante a consulta e, quando necessário, solicitará a realização de um exame que vigia a pressão arterial ao longo do dia: o exame MAPA ou a MRPA.
Isso porque existem alguns fatores que podem alterar a pressão arterial do indivíduo durante a medição no consultório, como estresse e nervosismo.
Assim, para o profissional garantir um diagnóstico preciso, ele usa os exames (se necessário) para ter mais informações sobre o comportamento da pressão arterial do paciente.
Quais são os perigos relacionados à hipertensão arterial?
Após entender mais sobre a hipertensão arterial e sua forma de diagnóstico, o paciente hipertenso deve saber quais são os perigos relacionados à sua condição.
A pressão arterial alta pode lesionar os vasos sanguíneos e ainda torna-los mais rígidos e estreitos. Isso pode desencadear uma série de problemas, como a formação de coágulos e o acúmulo de gorduras nas arteriais, o que pode causar aterosclerose.
Além disso, a pessoa se torna mais susceptível ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto, arritmia cardíaca e acidente vascular cerebral considerando que a hipertensão arterial é o principal fator de risco para essas doenças.
Outra consequência perigosa é o aparecimento de lesões nas artérias renais, fazendo com que os rins tenham dificuldade de filtrar o sangue. Dessa forma, o paciente hipertenso pode precisar recorrer a procedimentos como a hemodiálise ou até mesmo o transplante de rins.
Por isso, é essencial o diagnóstico precoce e a adoção de cuidados que permitam reduzir as chances de aparecimento desses problemas relacionados à hipertensão arterial.
É possível uma pessoa deixar de ser hipertensa?
Quando uma pessoa acaba de ser diagnosticada com hipertensão arterial, é comum se perguntar se é possível uma pessoa deixar de ser hipertensa. A resposta é: depende!
A maioria dos casos de hipertensão arterial (95% deles) ela está relacionada a fatores genéticos, por isso é incurável. Logo, a pessoa não pode deixar de ser hipertensa.
Entretanto, há casos raros (5%) em que pode haver a cura. Isso acontece quando a pressão alta é do tipo secundário, ou seja, quando a doença está sendo desencadeada por outro problema de saúde, o que pode ser passível de correção.
Alguns exemplos de doenças que podem causar hipertensão arterial do tipo secundário são: insuficiência renal, síndrome da apneia obstrutiva do sono, obstrução de artérias renais, hiperaldosteronismo primário, doenças da tireoide, síndrome de cushing e coarctação da aorta.
Nesses casos, quando o problema é tratado, a hipertensão arterial é revertida. No entanto, o diagnóstico preciso depende da experiência de quem investiga a doença e dos recursos disponíveis.
Quando devemos tratar o hipertenso?
Em todos os casos os pacientes devem ser tratados. Entretanto, o que muda são os procedimentos adotados.
Quando a pessoa é diagnosticada com hipertensão arterial, a primeira recomendação para todos os pacientes é a mudança de hábitos de vida.
O objetivo é eliminar hábitos prejudiciais que podem aumentar as chances do paciente desenvolver problemas relacionados à pressão alta, por exemplo, o tabagismo. Além disso, deve se inserir na rotina hábitos mais saudáveis, como a prática de atividades físicas e alimentação equilibrada.
Mas aqueles que estão em um estágio mais avançado, necessitarão também de medicamentos para controlar a situação.
Entre eles, estão: diuréticos, inibidores de enzima de conversão da angiotensina (IECAS), bloqueadores de canais de cálcio e de beta. A depender do caso, o médico poderá prescrever mais de um medicamento.
É importante ressaltar que a automedicação não é recomendado. Portanto, não tome medicamentos sem antes consultar um cardiologista.
Quais são os cuidados que a pessoa hipertensa deve ter?
Embora a hipertensão arterial normalmente não tenha cura, o controle adequado pode proporcionar ao indivíduo uma boa qualidade de vida.
Então, veja a seguir alguns cuidados que você pode adotar para conviver melhor com essa doença:
- Mantenha o peso sob controle;
- Pratique exercícios com regularidade;
- Abandone o cigarro;
- Reduza a ingestão de potássio e magnésio;
- Reduza o seu nível de estresse;
- Tome medicamentos conforme a orientação médica;
- Monitore constantemente sua pressão arterial.
É válido lembrar que, assim como em qualquer outra doença, é imprescindível seguir as recomendações médicas, medicamentosas ou não.
Por mais que pareça ser difícil conviver com a hipertensão arterial, é possível conviver com essa doença mantendo uma boa qualidade de vida. Então, não desanime e faça a sua parte!
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