O ritmo normal do coração, quando a pessoa está em repouso, varia entre 60 e 100 batidas por minuto (bpm). Quando os batimentos encontram-se fora desse intervalo, o indivíduo está experimentando um episódio de arritmia cardíaca.
Se o coração estiver acelerado, a arritmia é conhecida como taquicardia. Na outra ponta, ou seja, batendo mais devagar, o nome dado é bradicardia.
E por que isso é importante? Pelo fato de o descompasso dos batimentos cardíacos, para mais ou para menos, indicar que pode existir uma alteração na geração e/ou na condução dos estímulos elétricos do coração, prejudicando o bombeamento do sangue oxigenado para o organismo.
As consequências podem ser variadas, resultando em situações que podem ir desde um mal-estar generalizado e desmaio, até o surgimento de condições mais críticas, como edema agudo dos pulmões, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), parada cardíaca e, até mesmo, morte súbita.
Neste artigo, vamos falar sobre os tipos de arritmia mais comuns, bem como os tratamentos disponíveis e a melhor forma de prevenção. Acompanhe para ficar bem informado!
Cerca de 10% da população brasileira – ou seja, mais de 20 milhões de pessoas – apresenta algum tipo de descompasso do coração, segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SBAC).
A entidade também aponta que a doença é responsável por 320 mil mortes súbitas a cada ano no país, causadas por arritmias cardíacas.
De uma maneira geral, as arritmias cardíacas são provocadas pela interrupção, total ou parcial, dos impulsos elétricos responsáveis pelo controle dos batimentos cardíacos.
A arritmia mais comum é a taquicardia, na qual o mau funcionamento elétrico do coração provoca a aceleração do músculo cardíaco, fazendo com que os batimentos alcancem níveis muito acima do normal, superando os 200 bpm.
Além de sentir o coração bater acelerado, o paciente com taquicardia pode experimentar falta de ar, respiração rápida e ofegante, palpitação no peito, cansaço, tontura, fraqueza e possíveis desmaios.
Nos casos mais graves, a taquicardia pode estar relacionada a doenças cardíacas e/ou pulmonares já instaladas, além da hipertensão arterial e de alterações na tireoide. Muitas vezes, o paciente nem desconfia que sofre de algum desses males.
Se houver a ocorrência de uma ou mais das condições a seguir, deve-se buscar de imediato a ajuda médica:
Coração acelerado nem sempre é indicativo da presença de uma doença mais séria. Em algumas situações, a taquicardia pode ser a resposta do organismo a alguma condição externa.
São normais os casos em que ela acontece por conta do consumo de álcool, tabaco, cafeína, substâncias estimulantes e até mesmo medicamentos em que a taquicardia é um possível efeito colateral previsto.
Momentos de estresse excessivo, exercícios físicos intensos, crises de ansiedade ou de pânico, entre outros fatores, também podem levar a uma aceleração desordenada dos batimentos do coração.
A partir dos cenários colocados, torna-se mais claro identificar se o coração bate mais acelerado como sintoma de alguma doença mais séria ou devido a um fator externo temporário e esporádico.
No caso de ser “apenas” uma resposta natural do organismo, as dicas a seguir ajudam no controle da taquicardia. Elas visam a ativação do nervo vago, presente no tórax, que tende a restabelecer a frequência normal dos batimentos cardíacos.
No entanto, caso não surtam efeito, deve-se procurar o socorro médico.
Os cuidados preventivos da taquicardia são basicamente os mesmos relacionados a outras doenças do sistema cardiovascular.
Assim, vale destacar que a busca de uma melhor qualidade de vida tem se mostrado bastante eficiente na prevenção e combate às arritmias cardíacas.
Veja como prevenir as arritmias cardíacas:
Em muitos casos, a taquicardia pode ser tratada e curada por meio de medicamentos. O médico irá determinar a melhor linha de tratamento medicamentoso, depois de analisar o resultado de exames como eletrocardiograma, teste ergométrico e Holter 24 Horas, entre outros.
Em casos mais graves, o procedimento mais eficiente é a ablação por radiofrequência. Um cateter chega ao coração através de uma veia ou artéria, atuando sobre a área do músculo cardíaco que é o foco da arritmia.
Da mesma forma, a opção cirúrgica pode ser usada para a implantação de um marca-passo, aparelho que regula os batimentos cardíacos aplicando estímulos elétricos automáticos no coração.
Esta é a modalidade mais comum de taquicardia. Ela se caracteriza pelo desarranjo dos impulsos elétricos dos átrios, que são as duas câmaras cardíacas superiores.
Durante a Fibrilação Atrial, pode haver a formação de coágulos dentro do coração. Eventualmente, eles acabam sendo levados pela corrente sanguínea.
Caso se alojem no cérebro, podem provocar um AVC (acidente vascular cerebral), que pode levar à morte do indivíduo ou deixar graves sequelas neurológicas. De fato, a Fibrilação Atrial é a responsável por cerca de 20% dos casos de AVC no Brasil.
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